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Friday, January 18, 2013

Review do Raven Eyes Like Mirrors ao álbum "Conclamatum Est" para a Encyclopaedia Metallum (Versão Portuguesa)

"Granda merda! Porque é que isto não é um CD profissional?!!? O que o Sacerdos Magus criou no seu projeto Antiquus Scriptum é algo muito, muito original. O seu extenso historial no underground da música extrema destilou-se bem nisto, o seu projeto de black metal experimental. É melhor estarem preparados quando ouvirem a sua música e deixem de lado os preconceitos que estão habituados, pois este projeto tem um artwork muito decorado e todo amaricado e uma foto de banda com a cara laroca. Flores, unicórnios, cavaleiros e castelos que revestem os seus álbuns e a sua antiga página do MySpace, que escondem inteligentemente um cruel black metal pagão que é primado não só com a última vaga cultivada da sonoridade dos meados dos anos 90, mas com um som juvenil de abanar a carola que estaríamos mais habituados a encontrar num disco punk dos anos 80. Os riffs de Antiquus Scriptum são de tal meneira cativantes e muito headbanging e gloriosos. Bandas como os tão amados Midnight não são os únicos capazes de fazer este tipo de som retro, que para ser honesto com a perfeição dos deuses. No caso de Antiquus Scriptum, o longo envolvimento do Magus nas velhas bandas de grindcore e punk aguçou as suas composições até ao êxtase jovial! Uma mistura de estética tradicional com a sonoridade europeia do black metal dos anos 90, o que resulta em tão boa música. Então são-lhe adicionadas ambiências góticas / pagãs, um pouco de instrumentos folk e canções épicas enormes... De repente temos algo completamente nunca ouvido e totalmente único! 

 Isto é o que define Antiquus Scriptum, este álbum em particular mantem esse caráter individual. Mas especificamente neste caso, um álbum conceptual de temática sobre a história de Portugal, Magus foca-se numa faceta mais black metal dos anos 90, no entanto a jovialidade ainda marca presença com um efeito matador como demonstra o tema "Den Nordiske Sjell Lever I Meg", bem como na forma que o Magus troca os guinchos black metal por latidos punk. Cada canção, incluindo as longas, têm composições rigorosas e sem falhas que transportam o ânimo geral do álbum ainda permanecendo ricamente coloridas em seus próprios vaipes. Magus ainda tece nos teclados e guitarras acústicas liberadamente no estilo próprio dos meados de 90 e por aí a fora... E mais, há visitas de tin whistles e uilleann pipes também! Uau...

 Agora, eu sou do tipo que prefere black metal com ambiência de elementos sinfônicos ou folk e ter essas coisas chegando a mim por uma banda que tem um som tão retro e convincente faz-me apetecer gritar "FODA-SE, ISTO É METAL!", porque é delicioso e imensamente satisfatório! Meu deus, dou comigo frequentemente a ouvir este álbum. Ouvi-lo várias vezes não me incomoda minimamente e nunca tenho a sensação de "sim, isto é... Eh, mais ou menos" ou "se eles pudessem ter mais um pouco de originalidade..." e assim que ponho uma canção, mesmo que a tenha ouvido uma data de vezes antes, sinto-me obrigado a ouvi-la mais e mais e mais, no entanto. Este CD definitivamente está a cima de tudo o resto e me leva a querer descobrir e a querer comprar uma t-shirt de Antiquus Scriptum e andar com olho de águia a ver quem tem para vender qualquer um dos seus álbuns, irritantemente incomuns e mal impressos.

 A minha única queixa que afasta este álbum de um 100% é a impressão. As cópias originais vêm num CD-R de SLIMLINE jewel case! Não uma pequena e fina caixa de singles com uma foldout j-card, mas uma slimline normal. As mesmas caixas merdosas que os CD-Rs habituais das lojas vêm. Vá lá... Sinceramente, com uma música tão bem feita (e mais 1000 razões diferentes), como deixas-te isto sair assim, Magus? Não posso acreditar que não consigas arranjar uma editora que imprima este bebé em algo mais permanente, que a porcaria de uma tape gravada à mão ou um CD-R. A música de Antiquus Scriptum vale muito mais que isso, a não ser que as pessoas sejam assim tão estúpidas a avaliar a música metal hoje em dia. Midnight não deveria ter todo o monopólio e créditos no estilo retro só por enegrecer velhos álbuns de thrash e death metal. Porque não punk dos anos 80? Ou Fimbulwinter? E black metal dos meados de 90 todos laminados num só? Ponham os olhos nesta banda pessoal e Magus, vê se arranjas uma edição profissional e vê se continuas a escrever mais um monte de canções!" 98% / 100 (Raven Eyes Like Mirrors / Encyclopaedia Metallum)

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